Da Infelicidade à Depressão
Se você se sente ou já se sentiu infeliz em algum momento de sua vida sabe o quanto é difícil fazer alguma coisa a respeito. Por mais que você anseie sentir-se bem e se esforce, as coisas simplesmente não melhoram. Você se sente desanimado e exausto com o mero esforço de iniciar mais um dia.
Tudo leva você a acreditar que só pode haver algo errado com você, que você não é bom o bastante, que não há possibilidades reais de melhora.
O motivo pelo qual você se sente assim pode ser claro, pode ser um acumulo de estresse, pode ser que você tenha perdido alguém que amava muito ou pode não estar tendo muito sucesso em seu dia-a-dia. Porém, às vezes esse vazio simplesmente o invade sem causa aparente e não parece ir embora. Logo o desespero, o desânimo e a ausência de alegria começam a aparecer com mais frequência do que você gostaria.
Ai começa a armadilha que nos leva a piorar e mais. Com esses sentimentos, algumas perguntas tendem a atormentar a mente excessivamente:
Por que não consigo sair desta situação?
E se as coisas ficarem assim para sempre?
O que está errado comigo?
Por que eu não consigo me sentir bem e feliz quando todas as outras pessoas estão?
Com isso, temos a tendência a evitar e reprimir ou afastar algumas coisas com a intenção de desligar a mente perturbada, o que pode trazer alívio temporário, mas também pode tornar a situação pior. Um exemplo é que se você evita sair de casa por se sentir irritado ou desmotivado em encontrar pessoas, de inicio isso lhe traz alivio e em médio prazo isso lhe causara isolamento, o que piora muito os sintomas da depressão.
A infelicidade faz parte de nossa condição humana, e se deixarmos ela surge e passa com o seu próprio tempo. O problema é achar que temos que fazer algo, mesmo que seja apenas tentar entender o que está acontecendo. O desejo e as tentativas de nos livrar dos sentimentos ruins nos faz afundar ainda mais na infelicidade.
As primeiras e mais perigosas armadilhas da infelicidade que nos carregam cada vez mais para a depressão é o excesso de pensamentos e a tendência a evitar o que nos causa o mau sentimento. São armadilhas responsáveis por nos tornar cada dia mais autocentrados em uma energia que é drenada para realimentar a fraqueza, o medo, a insegurança e a insatisfação.
Se pudermos apenas compartilhar de nossa existência e observar as coisas simples ao nosso redor, descobriremos que a vida continua a ser interessante de ser descoberta e assim um dia após o outro vamos encontrando a alegria de viver.
